Deus está morto?

Por Kleber Boelter, 13 de janeiro de 2010 18:14

O homem emergiu das trevas da Idade Média acreditando na razão e na ciência. A vitória das democracias representativas desalojou imperadores e czares do poder e colocou o ser humano no centro das decisões. Os avanços das tecnologias puseram na ponta dos dedos o acesso quase irrestrito ao conhecimento e ao lazer. Não havia mais limites. O homem, enfim, parecia prestes a confirmar sua própria divindade.

Então alguma coisa começou a dar errado. Os valores tradicionais começaram a ruir. Espalhou-se o conceito de que não havia mais verdades. O homem-deus passou a se achar no direito de ter seus próprios valores e suas próprias verdades. Cidadãos não respeitam mais a lei. Filhos não respeitam os pais. Políticos não respeitam seus eleitores. Alunos não respeitam professores. A intolerância ressurge. As drogas infiltram-se nos novos espaços, vazios de afeto e de significado. E uma nova onda de violência começa a alastrar-se pelo mundo.

Essa tormenta aproxima-se de Frederico. Ele é um jovem professor de filosofia, culto, bem articulado e inteligente, um típico intelectual moderno que tem respostas para tudo. Menos para seus próprios problemas. Seu casamento fracassou, ele não encontra estabilidade profissional e sua filha adolescente é viciada em drogas. Na busca de um novo rumo (ou em mais uma de suas fugas) Frederico arranja emprego no Liceu de Nova Roma, uma pequena cidade do interior. Reflexo de suas próprias angústias, Frederico propõe a discussão sobre as mudanças dos valores morais contemporâneos tendo como ponto de partida a polêmica questão abordada por Friedrich Nietzsche: Deus está morto? Mal sabia ele que essa provocação intelectual iria gerar uma revolta na cidade e desencadearia uma profunda reflexão de uma comunidade que, aos poucos, como numa nova invasão dos bárbaros, se vê envolvida pela violência, pelo caos e pela perplexidade das vertiginosas mudanças da sociedade pós-moderna.

Maiores detalhes: http://deusestamorto.wordpress.com/

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